domingo, 11 de março de 2018

A saga de Rom, o Cavaleiro do Espaço - capítulo 3

A técnica de laboratório Brandy Clark chegou ao amanhecer a sua cidade, Clairton, e encontrou um cenário de pânico. No centro da cidade pessoas gritavam e fugiam. Policiais empunhavam suas armas na direção de uma figura metálica imponente. Diante dela, dois montes de cinzas na forma de pessoas. A figura olhou quando Brandy saiu do carro e a reconheceu da estrada. Ignorando os gritos dos policiais, a figura metálica andou calmamente em direção à Brandy, que não se moveu. Os braços prateados seguraram a moça pela cintura e os retrofoguetes nas costas do gigante de metal foram ativados, elevando ambos para os céus.

A criatura prateada metálica pousou em um campo nos arredores da cidade. Ele soltou a moça e deu alguns passos para trás. Ele estendeu suas mãos e um aparelho se materializou. Ele emitia uma luz vermelha. De repente a figura cujos olhos brilhavam com o mesmo vermelho do aparelho começou a falar, na língua de Brandy.

Ele contou que era uma alienígena do planeta Gálador, de outra galáxia. Há mais de duzentos anos terráqueos uma frota galadoriana havia sido exterminada quando passou pela Nebulosa Negra, uma região habitada pelos Espectros, uma raça de metamorfos belicistas. Eles conseguiram a localização de Gálador e enviaram uma esquadra de naves de combate para invadir o planeta.

Gálador era um mundo pacífico, onde a guerra não existia há séculos. Os galadorianos haviam alcançado a estabilidade social e econômica por meio do desenvolvimento científico em harmonia com a preservação da natureza. E após resolverem seus problemas, montaram uma frota para difundir seus conhecimentos a outros povos. Essa foi a frota atacada pelos Espectros.

Sem um exército, sem armas e sem experiência de luta, a única salvação de Gálador em um curto espaço de tempo era sua ciência. Assim, o primeiro diretor, o dirigente do planeta, pediu voluntários à população, que se submetessem a uma cirurgia que os transformaria em ciborgues, capazes de enfrentar os Espectros. Ninguém queria se voluntariar, até que um jovem ergueu sua mão. O nome desse rapaz era Rom.


Rom foi o primeiro e inspirou ou constrangeu os demais voluntários. Entre todos os que se alistaram, mil foram selecionados, capazes de sobreviver ao procedimento. O primeiro a ser transformado foi Rom. Órgãos foram substituídos por máquinas e metade da humanidade de Rom foi preservada em câmaras criogênicas, assim como a dos demais voluntários - na expectativa de que o processo pudesse ser revertido.



Mil jovens entraram nos centros cirúrgicos. Mil ciborgues saíram deles. Esses ciborgues foram chamados de Cavaleiros do Espaço. Em suas armaduras, eles carregavam tecnologia que lhes dava capacidades além do qualquer pessoa comum poderia imaginar. Eram como superpoderes. Esses mil guerreiros rumaram para a órbita de Gálador para enfrentar dez mil naves de guerra espectrais. Uma grande batalha ocorreu, sob a liderança do primeiro voluntário, que enfrentou além do poderia militar, a magia dos Espectros, e derrotou uma criatura chamada Asa da Morte. 

Os Espectros foram derrotados, não sem baixas do lado dos Cavaleiros Espaciais. Mas a maioria retornou a Gálador. E a liderança de Rom tornou-se lendária.

De volta a superfície do planeta, os Cavaleiros do Espaço aclamaram seu comandante militar: "Seus camaradas o saúdam, guerreiro! Salve, Rom... o maior dos cavaleiros do espaço!"

Entretanto Rom disse: "O inimigo está somente em fuga, não derrotado. Nossa missão não pode verdadeiramente ser dita terminada até que o último dos Espectros tenha sido caçado até os confins da galáxia e jogado ao Limbo! Somente quando nós tivermos completado nossa missão o desafio estará terminado! Somente então podemos reclamar nossa humanidade perdida!"


E por isso ele estava na Terra. Os homens que ele supostamente havia desintegrado não eram homens. Eram Espectros disfarçados. E ele não os havia desintegrado, mas banido para outra dimensão, chamada Limbo.

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