quarta-feira, 24 de julho de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Orlando Sanchez

"Não me pude vencer, mas posso-me esmagar, 
- Vencer ás vezes é o mesmo que tombar"

Este é um trecho do poema A Queda, do poeta português Mário de Sá Carneiro. Ele se relaciona bem com a ilustração abaixo, de autoria do artista Orlando Sanchez, residente na cidade de Austin, no estado norte-americano do Texas. Relaciona-se porque a ilustração mostra o elmo de Rom em meio à relva, com os sensores ópticos desligados e uma aparência de que ele está ali há bastante tempo, esquecido, perdido, abandonado.

Rom liderou um grupo de mil jovens que nunca tinham ido à guerra contra um inimigo superior em número, armamento e experiência, além de dispor do recurso da feitiçaria, desconhecido pelos galadorianos. Ele lutou durante dois séculos contra os Espectros até os derrotar definitivamente. E ainda, depois disso, teve de enfrentar Ego, o Planeta Vivo, a Guarda Imperial Shi'ar e a nazi-fascista segunda geração de cavaleiros espaciais, que exterminou a vida humana em Gálador. Após triunfar sobre tudo isso, hoje sua memória jaz esquecida. O imponente elmo de Rom está oculto em meio à relva do descaso, na floresta fechada da esterilizadora legislação de propriedade dos Estados Unidos, que priva uma boa ideia de ser utilizada e da falta de visão dos gestores da Hasbro, Marvel e agora Disney.

Enquanto isso, guaxinins falantes preparam-se para estrear filmes...


Palmas para Orlando Sanchez, auto-retratado abaixo, que ilustrou tão bem a queda no esquecimento de um memorável marco da ficção científica nos quadrinhos de super-herói.




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