terça-feira, 21 de maio de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Ben Perkins

Ben Perkins é um artista norte-americano, residente na cidade de Portland, no estado de Oregon. Em 20 de dezembro de 2010 a arte abaixo, de sua autoria, foi carregada no blog Spacenite 2.

Ela mostra Rom sendo atacado ferozmente por criaturas que lembram os aliens logo após saírem dos ovos. É interessante notar que não há nenhuma história de Rom em que ele enfrente tais criaturas. No entanto, sabemos que Rom levou duzentos anos para chegar à Terra, desde que iniciou sua caçada aos Espectros. 

Quantos perigos e ameaças ele não deve ter encontrado durante esse tempo? O suficiente para que a Marvel lançasse uma série nova de Rom, algo como Rom: 200 anos de guerra. Mas parece que continua remota qualquer possibilidade de retorno do maior de todos os Cavaleiros do Espaço, por parte de ambos os envolvidos, Hasbro (que tem os direitos) e Marvel (que publicou a revista Rom Spaceknight nos anos 80).

Como seria maravilhoso ver Rom encontrando as mais variadas raças fictícias já criadas. Já pensou? Rom encontrando predadores, aliens, vulcanos, romulanos, klingons, marcianos, os insetos gigantes de Tropas Estelares, além das raças criadas pela Marvel. Quantas possibilidades criativas enterradas no Limbo pelo desprezo a um grande personagem.

Palmas para Ben Perkins, por mostrar as possibilidades!

Ben Perkins




terça-feira, 23 de abril de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Jon Wilcox

Este é um dos posts mais esperados por mim. A ilustração abaixo é de autoria de Jonathan Wilcox, um artista originário da cidade de Detroit, nos Estados Unidos. Ela foi carregada no blog Spacenite 2 em 20 de dezembro de 2010 e é uma piada sobre os equipamentos que Rom utiliza.

A história é a seguinte: um francês encontra Rom na rua. Não sabemos onde, só sabemos que o rapaz é francês por causa do estereótipo. Ele diz: "ROM?! Eu não posso crer que você está aqui! Eu gosto tanto de... falar... " (o balão do Rom tapa parte da fala do francês).

Rom, como um bom alienígena realista, não entende francês, porque não tinha Wizard nem Aliança Francesa em Gálador. Então ele diz: "Eu não posso compreender este homem. Vou usar meu tradutor". Só que Rom empunha o Neutralizador, para desespero do rapaz, que fala: "Espere! Esse é o Neutralizador, não o Tradutor!"

Mas como não entende o que o rapaz diz, Rom dispara sua arma, que abre um rombo no tórax do francês. Ao ver o resultado inesperado, Rom olha por sobre o ombro, para algum portal para a dimensão onde ele guarda seus instrumentos de trabalho e vê que o tradutor está lá. Ao perceber o equívoco, causado pela semelhança entre eles, Rom solta a frase preferida dos franceses para situações frustrantes: "merde!".

Bem, é claro que isso é uma piada e nunca aconteceria nas histórias de Rom. Ele invoca seus instrumentos com comandos mentais, por isso não poderia se confundir pela aparência. Além disso, os instrumentos não são tão parecidos. O Analisador e o Neutralizador tem alguma semelhança, mas podem ser distinguidos, como se vê nas imagens abaixo. O tradutor, então, não tem nada a ver com os outros dois.


O Analisador de Energia de Rom



O Neutralizador de Rom, a maior arma de Gálador


O Tradutor de Rom

Além disso, o Neutralizador jamais matou um ser humano, pelo contrário, ele curou pessoas de câncer e reverteu uma contaminação por raios gama, que gerou uma criatura semelhante ao Hulk. O Neutralizador é uma arma pacífica, ao contrário de um sabre de luz. Ele abre um portal para o Limbo, desliga qualquer máquina e elimina radiação.

Mas uma coisa é verdade, a ligação de Rom com a França. As histórias de Rom foram publicadas na revista francesa Strange, que foi editada até 1988. Lá ele é conhecido como Rom le Chevalier de l'espace, tradução literal do inglês, e que é o título da história de Jon Wilcox. As histórias de Rom foram publicadas na revista Strange entre as edições 134 e 137. Abaixo, sua estreia na terra de Josefine:

Strange #134 - estreia de Rom na França

Aliás, as capas de Rom para a revista Strange feitas por Jean Frisano são todas lindas. Futuramente faremos uma série de posts sobre elas, quando terminarmos de comentar as artes de Spacenite2.

 E palmas para Jon Wilcox!
Jon Wilcox

terça-feira, 9 de abril de 2013

Rom Biografia Não Autorizada à venda no PerSe

A Hexalogia de Rom, o Cavaleiro do Espaço

Rom Biografia Não Autorizada - Volume I
Rom Biografia Não Autorizada - Volume II
Rom Biografia Não Autorizada - Volume III
Rom Biografia Não Autorizada - Volume IV
Rom Biografia Não Autorizada - Volume V
Rom Biografia Não Autorizada - Volume VI







terça-feira, 26 de março de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Sebastián Fiumara

A arte abaixo é do artista argentino Sebastián Fiumara. Sebastián produziu vários trabalhos com heróis da Marvel e atualmente trabalha para a Dark Horse, onde ilustrou a série de Abe Sabien, personagem coadjuvante de Hellboy.



A leitura de Rom por Sebastián é mais robótica que humana, como se pode perceber pelas articulações da perna. Os cabos que saem de seus ombros ficaram maiores e pouco discretos. 

Rom observa uma enorme fonte de luz, que parece ser uma explosão. Algo como um poste pode ser visto ao longe.

Durante os dois séculos de sua jornada para banir todos os Espectros para o Limbo, Rom presenciou destruição por todos os lugares onde passou. Embora tenha salvado muitas pessoas de incontáveis ameaças, várias vezes ele não pode impedir a destruição, pois os heróis verdadeiros tem limites.

Isso ocorreu no Canadá, em Rom #56, quando o maior dos Cavaleiros do Espaço, sua companheira Starshine II e a Tropa Alfa enfrentaram peixes modificados pela magia dos Espectros. As feiticeiras espectrais romperam a barragem e os heróis não conseguiram conter a fúrias das águas, lutando desesperadamente para salvar o máximo de pessoas, não podendo, no entanto, salvar a todas.
 
Abaixo vemos duas cenas da fictícia cidade de Beaverkill Valley. Na primeira, Rom e Starshine II contemplam a cidade, e vemos que ela está temerosamente situada abaixo do nível da represa. Na segunda, a cidade destruída pelas águas, rompidas pela magia dos Espectros.
 
Beaverkill Valley antes
Beaverkill Valley depois
Essa história não foi publicada no Brasil, provavelmente pelas dificuldades que a editora Abril tinha em acompanhar a cronologia das histórias Marvel nos Estados Unidos. Por isso os leitores brasileiros deixaram de presenciar o encontro de Rom com os maiores super-heróis do Canadá.
 
Mas você pode conhecer essa história, e outras que não foram publicadas aqui, com comentários e referências, no volume V de Rom Biografia Não Autorizada: A Guerra.

O diferencial dessa história é o fato de mostrar heróis como seres limitados, que perdem e fracassam como todos, mas que não desistem de insistir em lutar. E também somos lembrados da ingratidão humana, que não valoriza aquilo que foi feito, apenas lembra do que não foi realizado.

Infelizmente, não consegui encontrar nenhuma foto de Sebastián Fiumara. É a segunda vez que isso ocorre desde o início deste blog. Que pena. Mas você pode conferir uma amostra de sua fantástica arte em seu blog. e em sua página no Facebook

Mas de todo modo, palmas para Sebastián Fiumara!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Atsushi Ikeda

Atsushi Ikeda é um ilustrador japonês conhecido por causa de seus robôs feitos com shadowgraph, que é é um método óptico que revela não-uniformidades nos meios transparentes como água, ar, ou de vidro. Suas obras são reproduzidas principalmente em grandes cartazes, vestuário e CDs.


Uma das coisas pelas quais o Japão é conhecido são os robôs gigantes das séries live-action que lá recebem o nome de tokusatsu. Na verdade, o Japão é um dos países mais avançados na área de robótica, e uma dos motivos prováveis é o fato dos robôs serem encarados na ficção científica japonesa de forma positiva. 

Observe que nas produções japonesas, os robôs são geralmente bons. Robôs maus, ou que se revoltam contra seus criadores são encontrados em produções estadunidenses, como o Exterminador do Futuro, Matrix, Battlestar Galactica e O Abismo Negro (Maximilian). E quando uma produção japonesa mostra um robô mau, geralmente é porque está sendo produzida em conjunto ou sob a ordem de um estúdio estadunidense.

Quem me chamou a atenção para isso foi o ilustríssimo Eloi Juniti Yamaoka, especialista em preservação digital.

Os robôs nas obras de ficção japonesas são geralmente heróis, como Astroboy, Megaman, ou os parceiros de heróis, como o Daileon de Jaspion, o Changerobô e o Flash King. Até o Homem-Aranha ganhou um robô-gigante quando sua série (Supaidaman) foi produzida na terra do sol nascente.

Ikeda retratou Rom como um robô gigante. A aparência pouco lembra o Cavaleiro do Espaço, e acrescente-se a isso o fato de Rom não ser um robô, mas um ciborgue. Contudo, podemos pensar que sua arte não tem como base ser uma reprodução da aparência de Rom, mas de sua essência: um heroi.

Palmas para Atsushi Ikeda!

Atsushi Ikeda

domingo, 27 de janeiro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Patrick Gildersleeves

A imagem abaixo, carregada no blog Spacenite 2 em 19 de dezembro de 2010, é de autoria de Patrick Gildersleeves. Patrick é um ilustrador britânico, cuja arte parece emprestar um pouco das técnicas de ilustração orientais, mais notadamente da China e da Índia.

Rom escondido entre as folhagens
Na imagem, vemos um rapaz descobrindo Rom em meio às folhagens, sob o olhar espantado de outro e dos risos de uma jovem. Parece uma alusão ao fato de que Rom está esquecido hoje e sua imagem, sem estar associada a nenhum contexto, pode provocar uma dessas duas reações. 

Ainda não finalizei a leitura de Superdeuses, de Grant Morrison, que é uma pequeno resumo da história dos quadrinhos de super-heróis em meio à sua autobiografia cheia de entorpecentes, mas cheguei à parte em que Morrison fala de Flex Mentallo, citando-o como um "super-herói à moda antiga". Morrison é um grande escritor e eu admiro várias obras suas, mas ele é arrogante em alguns aspectos, como quando tenta menosprezar o trabalho de Alan Moore. Talvez pelo fato de ser escocês, Morrison também valorize mais o quadrinho britânico e deixe de citar várias obras estadunidenses memoráveis em detrimento de outras mais conhecidas.

Morrison não cita Rom. Talvez nem o conheça. Mas o que me irritou foi falar de Flex Mentallo como "o mais nobre e mais abnegado super-herói" de todos os tempos. Sinto muito, Morrison, mas seu super-herói é apenas um rascunho do estereótipo da Era de Ouro. Nunca houve um super-herói mais nobre e abnegado do que Rom, o maior de todos os Cavaleiros do Espaço.

Palmas para Patrick Gildersleeves!

Patrick Gildersleeves

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por James Gulliver Hancock

A imagem abaixo foi carregada no blog Spacenite2 em 19 de dezembro de 2010. Ela é de autoria de James Gulliver Hancock. Em seu site, James afirma que se sente doente quando não está desenhando e que tem medo de não ser capaz de desenhar tudo no mundo, pelo menos uma vez. Ele cresceu em Sidney, na Austrália, onde estudou Comunicações Visuais na Universidade de Tecnologia da cidade na qual se formou com direito a medalha e honras. James produziu trabalhos para várias empresas da Austrália, Estados Unidos e Inglaterra e foi ilustrador de diversos livros.



A interpretação de Rom por James é extremamente profunda. Ele representou Rom como um gigante cujo corpo é formado por um amálgama de artefatos tecnológicos. 

Pela proporção das pessoas mostradas aos pés de Rom, ele tem quase a mesma altura de Galactus. Isso é interessante, pois Rom foi um dos poucos seres capazes de enfrentar Galactus e impedir que ele devorasse um planeta. Mas há outro significado nisso. Hoje a tecnologia parece estar acima do ser humano. Ou melhor, os produtos criados pela tecnologia são quase endeusados. O relacionamento aumenta nas redes sociais, mas diminui no convívio próximo. A tecnologia faz com que a distância aproxime as pessoas  ao mesmo tempo que a proximidade as distancia. O homem perde a importância, passa a ser um detalhe. Ele que deveria ser protagonista, torna-se uma peça. O produto que deveria servir termina por escravizar. Talvez não seja necessário que uma Skynet crie Exterminadores para que as máquinas dominem a Terra. O próprio homem se entrega deliberadamente ao controle das máquinas.

Claro, estamos falando de um homem urbano, que não representa o todo. Mas infelizmente ele representa a parte que domina o restante.

É interessante que o tema de dominação do homem pela máquina foi tratado duas vezes na série Rom Spaceknight. A primeira já foi citada aqui no post sobre David Velásquez. A segunda ocorre quando Rom retorna à Gálador e encontra uma nova geração de Cavaleiros Espaciais, que se considera superior aos humanos e está os exterminando, na ausência dos Cavaleiros originais.

Brandy Clark foge dos Novos Cavaleiros Espaciais
Essa nova geração de ciborgues foi criada com mais aparência de máquina e menos de humanos. Mas sem uma ameaça para enfrentar e com um imenso poder, eles passaram a desprezar os que outrora foram seus semelhantes. O poder corrompeu completamente esses Cavaleiros, que nem de longe lembravam os bravos guerreiros que livraram Gálador dos Espectros.

Sempre é perigoso quando alguém considera algo ou alguém superior, seja a si mesmo ou a outrem. Aquele que se considera superior acredita que os outros devem lhe servir, ou que devem ser eliminados. Mas o homem não deve ser escravo de ninguém. Como diria Optimus Prime, "liberdade é um direito de todos os seres conscientes".


Palmas para James Gulliver Hancock!

James Gulliver Hancock