segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A saga de Rom, o Cavaleiro do Espaço - capítulo 2


É manhã na praça central da cidade de Clairton, no interior do estado norte-americano de Virgínia Ocidental. No cinema está em cartaz o filme "A Criatura do Espaço". 

Assim como ocorre com os robôs, há uma tradição de temor com relação a alienígenas no cinema estadunidense, que parece ser o fruto da semente plantada por H. G. Wells em A Guerra dos Mundos, o qual pela voz de Orson Welles causou pânico na costa leste dos Estados Unidos em 1938.

Esse temor parece encontrar fundamento para os habitantes de Clairton naquele amanhecer, quando uma figura metálica prateada pousa na praça da cidade. Com quase dois metros de altura, a criatura desconhecida contempla calmamente a multidão que o cerca, dividida entre a curiosidade e o medo. Enquanto a maioria especula sobre o que seria aquilo, alguns homens parecem saber exatamente do que se trata, e tentam fugir do local sem serem percebidos.

Entretanto, um aparelho surge em uma das mãos do ser metálico, e a partir dele um feixe de luz vermelha é disparado contra a multidão. Ele gira, iluminando a todos ao redor, que se assustam a princípio, mas percebem logo que nada ocorre. Ao iluminar os dois homens que tentavam escapar, a figura prateada se detém. O aparelho some e outro surge em seu lugar. Um novo feixe de luz é emitido, mas desta vez dirigido precisamente aos fugitivos, que são alvejados em movimento. 

Eles gritam desesperadamente até que só restam cinzas na forma de seus corpos.


A arma fatal desaparece das mãos do ser metálico. Em seguida ele eleva-se aos céus propelido por foguetes em suas costas.

O pânico toma conta da cidade. A população não sabe o que fazer. 

Para a maioria, um alienígena desintegrou pessoas inocentes sem piedade.

O que ninguém sabe é que na verdade eles foram salvos de outros alienígenas, estes realmente perigosos.

O que aconteceu foi que um Cavaleiro do Espaço, após ter viajado por dois séculos, despachou dois Espectros para o Limbo. E não era qualquer um dos Cavaleiros do Espaço, mas o maior de todos eles, ROM!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

A saga de Rom, o Cavaleiro do Espaço - capítulo 1

Em 1979, no perímetro urbano da cidade de Clairton, no interior do estado norte-americano de Virgínia Ocidental, cai um meteoro, durante a madrugada. De dentro da rocha, ainda em chamas pela fricção contra a atmosfera terrestre, emerge uma figura metálica. De aparência humanoide,a figura tem luzes vermelhas pulsantes no lugar onde ficariam os olhos. Ela caminha para a rodovia que leva à cidade e é surpreendido por um carro, dirigido pela jovem Brandy Clark. A jovem assustada pela figura de quase dois metros de altura tenta desviar o carro e quase cai no barranco. É salva pela criatura, que agarra os pára-choques traseiros do carro com as mãos. Ela se arrasta para fora do carro, e sentada vê a figura que a assustou se aproximar. Um estranho aparelho se materializa em uma das mãos da criatura e dispara um intenso facho de luz vermelha. Ela grita, temendo ser ferida, mas nada ocorre. Foguetes nas costas da criatura são acionados e ela eleva-se no ar. Como um míssil, dispara em direção à cidade, sob o olhar da garota.

Assim começa a saga de Rom, o Cavaleiro do Espaço, que estreou em sua própria revista em dezembro de 1979 e foi publicado no Brasil em fevereiro de 1982. Nos próximos artigos, contaremos toda a saga desse personagem que viveu em um ostracismo nas histórias em quadrinhos entre 1988 e 2016.

A estreia de Rom no Brasil
A estreia de Rom nos Estados Unidos