terça-feira, 20 de maio de 2014

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Tyler Smith Owings

A ilustração abaixo é de autoria de  Tyler Smith Owings. Tyler é um artista nascido em Warrensburg, no Missouri (EUA) e que mora atualmente em Portland, Oregon. Tyler estudou no Savannah College of Art and Design e tem em seu portfolio várias obras com elementos fantásticos representadas com um traço que navega entre  o cartunesco e o realista. Na sua obra abaixo, carregada no site Spacenite 2 em 20 de dezembro de 2010, vemos o maior de todos os Cavaleiros do Espaço caminhando entre o que parecem ser lápides assustadoras tendo ao fundo explosões que parecem sugerir que uma batalha espacial está ocorrendo.


Tyler ilustrou Rom com menos imponência que Sal Buscema e mais esguio até do que Steve Ditko o fazia parecer. Ele está mais delicado, sua armadura parece mais um colante. sua aparência está mais similar à armadura de Ikon, a Cavaleira do Espaço.

Ikon, a Cavaleira do Espaço
Ikon, auto-denominada de a Maior de Todos os Cavaleiros do Espaço Vivos, faz parte da terceira geração de Cavaleiros do Espaço. A primeira geração é de Rom, criada para proteger Gálador do ataque da armada espectral. A segunda geração foi criada após Galactus mover Gálador para outra galáxia. A terceira geração surgiu após o genocídio dos galadorianos e a reconstrução do planeta por Rom e Brandy Clark.

Ikon, a modesta

Ikon visualmente parece ser a versão feminina de Rom, criada para ocupar seu espaço. Como a propriedade da marca Rom é da Hasbro, não é possível que Rom reapareça  em histórias da Marvel como um Cavaleiro Espacial. Ele só pode aparecer na forma humana, e não pode ser chamado pelo nome.

Mas Ikon é uma antítese de Rom. Ele nunca se referiu a si mesmo como o Maior de Todos os Cavaleiros Espaciais. Rom era humilde. Ikon é arrogante. Rom recusa-se a lutar até que seja necessário, enquanto Ikon não se furta em usar de força, valendo-se até de golpes baixos.

Os quadrinhos, como forma de expressão, refletem os a sociedade e os costumes do momento em que são publicados, ou ao menos a percepção que o artista tem deles. Ikon deve representar a mulher no momento em que ela se sobressai e segue na escalada da supremacia na sociedade moderna, ao menos na ocidental. Há um enfraquecimento da figura paterna nas famílias, enquanto a mulher mostra que não necessita do homem, personificando definitivamente o que a Mulher-Maravilha no mundo real.

Starshine, companheira de Rom em várias batalhas, e que o amou de forma tão intensa que deu sua vida por ele, já se apresentava várias vezes como uma mulher forte, não deixando no entanto, de demonstrar ternura e compaixão.

Starshine diante do Primeiro Diretor
É justo que as mulheres tenham os mesmos direitos dos homens. No entanto, é desnecessário que as mulheres adquiram os mesmos vícios e cometam os mesmos excessos que os homens estando em posição de poder e autoridade ou exercendo grande influência. Ou seja, que elas sejam mais Starshine e menos Ikon. 

O fracasso de tentar ser superior é ser apenas igual. E, às vezes, ser diferente é melhor, porque é a diversidade que nos enriquece e fortalece.


Palmas para Tyler Smith Owings!

Tyler Smith Owings

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Miguel Arias

Não, a ilustração abaixo não foi feita por uma criança. É de autoria de Miguel Arias, artista baseado na cidade de San Francisco, Califórnia.


O desenho à mão é uma forma de expressão que deve ser incentivada desde cedo. Ela estimula a criança a comunicar suas ideias por meio de imagens, o que é realizado pela humanidade antes da invenção da escrita. Nessa forma, os detalhes são essenciais para transmitir o máximo de informação e tentar induzir ao espectador a nossa interpretação de um fato ou de um conceito.

Uma das formas de aprendizado é a reprodução. No caso do desenho, tentamos reproduzir um outro desenho para aprender a desenhar. Também podemos tentar reproduzir diretamente algo real, mas de qualquer modo, estamos sempre tentando copiar algo, pois todo desenho parte de uma referência, que pode ser uma imagem real ou mental.

Depois de apenas copiar, podemos começar a introduzir pequenas variações, até que consigamos modificar tudo e ter um traço particular.

Com sua sugestão de simplicidade infantil, Miguel Arias nos leva a destacar um blog onde fãs de Rom, o Cavaleiro do Espaço, podem ter suas artes amadoras reunidas junto a artes profissionais, montagens de capas, vídeos, detalhes de histórias e vídeos sobre o guerreiro prateado de Gálador.

Estamos falando do Blog for Rom fans who aren't dicks (Blog para fãs de rom que não são detetives). Se você acha que Rom é uma peça de museu guardada no sótão ou portão, engana-se. Praticamente toda semana tem alguma arte publicada ou uma curiosidade sobre o maior de todos os Cavaleiros Espaciais.

Encontramos no blog, por exemplo, uma arte de Sal Buscema, ilustrador da maioria das revistas de Rom, em que ele reúne alguns personagens Marvel com os quais trabalhou. A arte expressionista de Sal Buscema destacou-se em uma longa fase com o Incrível Hulk, na qual o doutor Banner tomou o controle do Gigante Verde após um encontro com Rocket Raccoon, perdeu o controle após voltar das Guerras Secretas e foi para a Encruzilhada, uma dimensão que serve de passagem para vários mundos.

Falcão da Noite, Hulk, Sal Buscema, Homem-Aranha, Nova, Namor, Valquíria, Rom e Capitão América

Rom tentou transformar o Hulk em Bruce Banner com o Neutralizador, mas a radiação acumulada era tanta que ele apenas conseguiu fazê-lo voltar ao controle por algum tempo. Rom bateu e apanhou do Hulk, em um breve mas dramático encontro.

Dos personagens ilustrados por Sal Buscema nessa arte comissionada, Rom encontrou-se de forma mais próxima com o Hulk, com Namor, com quem enfrentou os Espectros no fundo do Oceano Atlântico, com Nova, com o qual enfrentou os Skrulls que atacaram Xandar, e com o Capitão América, que lhe fez uma promessa após o final da Guerra dos Espectros.

A Valquíria não teve um contato pessoal com Rom, embora tenha lutado ao seu lado, junto com a segunda geração dos Defensores, cuja primeira formação foi ilustrada por Sal em histórias memoráveis, incluindo o encontro da equipe de renegados com os Vingadores

Os Defensores, no traço de Sal Buscema
O Homem-Aranha apareceu em uma história de Rom, quando ele estava sendo perseguido pela polícia e foi ajudado pelo Punho de Ferro e Luke Cage a chegar até o Edifício Baxter para pedir ajuda ao Quarteto Fantástico.

O único personagem que não cruzou com Rom foi o Falcão da Noite. Bem... não fez falta para o Rom também...

Palmas para Miguel Arias!

sábado, 29 de março de 2014

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Giuseppe Modica

My name is Rom... Spaceknight

Olha a pose do Rom nessa ilustração de Giuseppe Modica, artista residente na Holanda. Parece o agente secreto 007! Ou pelo menos, a ilustração possui alguns elementos que lembram as peças publicitárias dos filmes do mais famoso espião da ficção.

Você tem um vilão em destaque no alto, mas em segundo plano. O herói no centro dominando a cena. E, na parte inferior, detalhes que são significativos para a história. Neste caso, a transformação de Rom em ciborgue, fato que o marcou profundamente de forma literal.


Na verdade, esse estilo de ilustração foi utilizado em duas capas da revista Rom Spaceknight, quando o maior de todos os Cavaleiros Espaciais encontrou a Arma Viva, o Mestre do Kung-Fu, Shang Chi!

Shang Chi foi claramente inspirado no pioneiro e mais aclamado mestre das artes marciais na televisão e cinema: Bruce Lee. A ilustração de Shang Chi abaixo, de autoria de Paul Gulacy, lembra as expressões de Lee em seus filmes.

Shang Chi no traço de Paul Gulacy
Shang Chi é o filho do Doutor Fu Manchu, um ex-nobre chinês que descobriu um elixir de juventude para prolongar sua vida e que lidera uma poderosa organização secreta, os Si-Fans, com o objetivo singular de dominar o mundo.

Fu Manchu criou Shang Chi para ser o lutador perfeito, cuja arma é o seu próprio corpo. Desde a mais tenra idade, Shang foi treinado pelos maiores mestres nas mais diversas modalidades de artes marciais. Isso o fez capaz de enfrentar os mais terríveis assassinos da organização do pai. Mas ele foi criado sem ter contato com o mundo exterior até a maturidade, doutrinado a acreditar que Fu Manchu era um homem que vivia com o propósito de fazer o bem. 

Um dia seu pai o chamou dizendo que havia um homem muito mal que precisava ser morto. O filho então deixou sua morada e foi para Londres, onde executou o já idoso doutor Petrie. Mas antes de retornar, ele deteve-se para ouvir o que Sir Denis Nayland Smith tinha para falar sobre seu pai. Descobrindo a verdade, ele tornou-se a nêmesis de Fu Manchu e juntou-se ao MI-6, o serviço secreto britânico que, por acaso, é onde trabalha James Bond, o 007. Mas eles nunca se encontraram...


Rom Spaceknight #38
Rom Spaceknight #39
Rom e Shang Chi uniram forças para enfrentar os Espectros na Inglaterra, em duas aventuras que revelaram que os terríveis alienígenas estavam na Terra desde o antigo Egito. Uma das poucas vezes em que Rom não foi atacado por um humano no primeiro encontro. Talvez porque Shang Chi tenha a característica de analisar toda a situação antes de agir. Porque, como um exímio lutador, ele primeiro luta em sua mente. 

Uma das melhores parcerias dos quadrinhos Marvel.

Palmas para Giuseppe Modica!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Jason "JFish" Fischer

A pintura de estilo cubista abaixo é de autoria de Jason Fischer.


Jason enquadrou o elmo de Rom, tomando como referência a caracterização de Steve Ditko, que desenhava os olhos do cavaleiro galadoriano como dois grandes círculos vermelhos. Sal Buscema, o ilustrador da maior parte da série, fazia os olhos brilharem (intensamente nas primeiras edições).

Confira abaixo a diferença de caracterização dos olhos de Rom, pelos artistas responsáveis pela maior parte das ilustrações da série Rom Spaceknight:


Rom, arte de Sal Buscema


Rom, arte de Steve Ditko
O Rom de Buscema tinha movimentos mais robóticos, enquanto o de Ditko possuía mais desenvoltura. Comparando cenas de ação das histórias ilustradas por Buscema com o filme Robocop de 1987, podemos perceber a semelhança. Aliás, segundo o site Rom Spacenight Revisited, há referências a Rom no filme, uma pista de que o policial do futuro teve algumas ideias emprestadas do cavaleiro do espaço.

Em 2014 estreia o remake de Robocop, com um policial ciborgue mais flexível, similar ao Rom de Steve Ditko. Embora as histórias de Ditko se concentrem mais em reflexões e críticas, por abrangerem o período de retorno de Rom à Gálador, ele teve a oportunidade de ilustrar um combate entre o maior dos Cavaleiros do Espaço e o Gladiador, membro peso-pesado da Guarda Imperial Shi'ar

Lembramos que Gladiador já deu trabalho para os X-Men e para o Quarteto Fantástico, sendo derrotado com muita dificuldade. Esse encontro, que mostra que Rom é páreo para o campeão de Shi'ar foi publicada no último anual de Rom, cuja capa foi feita por Bob Layton, o artista que junto com John Romita Jr e David Michelinie foram responsáveis por uma das melhores fases do Homem de Ferro. Veja abaixo a capa da 4ª edição anual de Rom:


O Gladiador parecia o Superman dos Shi'ar, tanto que John Byrne, reformulador do Homem de Aço nos anos 80, ressaltou isso quando ilustrou o combate entre o guarda imperial e o Quarteto Fantástico. E deixou isso bem claro, como mostra a comparação feita entre o Gladiador e o Superman de Byrne, pelo site www.cosmicteams.com.



Palmas para Jason Fischer, que de um cubo tanta coisa faz sair!

Jason "JFish" Fischer

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Evan Meister

O artista Evan Meister  tem um estilo que explora detalhadas combinações surrealistas, na maioria das vezes em tons de cinza. A ilustração abaixo, publicada em 20 de dezembro de 2010 no blog Spacenite 2, é de sua autoria, e você pode encontrar Rom representado mais de uma vez, em meio a elementos bizarros.


O ambiente caótico favorece a ocultação de Rom. Uma vez que o bizarro chama nossa atenção em meio ao normal, uma imagem preenchida com vários elementos bizarros oferece à nossa mente múltiplos pontos de atenção. Algo incomum em meio ao comum é fácil de encontrar, mas algo incomum em meio ao caos é difícil, pois paradoxalmente parece haver uma harmonia entre elementos anormais. Quer dizer, o anormal dentro do anormal parece fazer sentido.

Isso lembra uma aventura de Rom e Starshine II, que foi citada pelo excelente Blog for Rom Fans Who Aren't Dicks. Esta história foi publicada em Rom #47, que não foi completamente traduzida para português. Na verdade, no Brasil apenas o prólogo da história, que mostra pela primeira vez a aparência das fêmeas dos Espectros. Esse prólogo era uma preparação para uma reviravolta na série do Maior de Todos os Cavaleiros Espaciais, que ficaria mais sombria e violenta.

Rom #47

Mas a história principal nem tinha referência na capa. Rom e Starshine II sobrevoavam uma misteriosa ilha quando foram atacados por um andróide chamado Brynocki. Esse personagem apareceu pela primeira vez na revista The Hands of Shang-Chi, Master of Kung Fu #34, como braço-direito do vilão Mordillo. O vilão suicidou-se, atirando-se no raio flamejante que ele próprio construíra. Surpreendentemente, seu esqueleto resistiu às chamas e foi resgatado pelo pequeno andróide, que parecia uma criança, e tinha a capacidade de trocar de roupa tão facilmente quanto o Máskara.   

Master of Kung Fu #34

A ilha de Mordillo parecia um grande parque de diversões, cheio de brinquedos gigantes. Só que os brinquedos eram, na verdade, armas mortais. O andróide ficou desorientado após a morte de seu mestre, e fixou em sua mente que deveria proteger a ilha de invasores. Ele levava o esqueleto consigo para onde quer que fosse e conversava com ele como se estivesse vivo. Quando Rom e Brandy apareceram sobre a ilha, ele imediatamente os atacou.

Antes de serem atacados, Rom e Starshine II estavam voando de mãos dadas. Brandy estava feliz por estar ao lado de Rom, sem se importar com a condição de ambos serem ciborgues e não poder ter uma vida normal. Rom a princípio ficara tocado pelo amor de Brandy, mas repentinamente ele larga a mão dela, como se estivesse fazendo algo errado. Ele na verdade se sente culpado por ela ter se tornado uma ciborgue. Mas foi Brandy quem escolheu abrir mão de sua humanidade para viver ao lado do seu amor. 

Após subjugarem Brynocki, Rom parte revoltado da ilha, pelo relato insano no andróide, que colocou-se como vítima, descrevendo o Mestre do Kung-Fu e seus amigos como pessoas más. Só que Rom já conhecia Shang Chi, pois lutou ao seu lado contra os Espectros na Inglaterra. 

Enquanto estava distraído, o andróide inadvertidamente deixou o esqueleto de seu mestre sobre area movediça, e ele aos poucos foi tragado. Sem a lembrança física de seu criador e sentindo-se sozinho, o andróide termina a história chamando de volta aqueles que acabara de expulsar.

Essa é uma das mais interessantes histórias de Rom, por mostrar as contrariedades do ser humano, expressas por um ciborgue e um andróide.

Este é o link direto para o artigo do BFRFWAD que cita essa história.

Palmas para Evan Meister!

Infelizmente não encontrei uma foto dele. Quem sabe se eu pedir à NSA?

Pra que guardar dados? A NSA cuida disso pra você!








sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por Ian Lynam

A ilustração abaixo é de autoria do artista Ian Lynam. Ele possui um estúdio de design em Tóquio, Japão, para onde se mudou após trabalhar algum tempo em Los Angeles, Estados Unidos.


Lynam afirma que o diferencial em sua arte são os detalhes. Nesta ilustração, ele retrata Rom como uma criatura formada por cubos. O céu parece um papel de parede, mas a posição de Rom pode criar uma ilusão de que há uma grade impedindo-o de ter acesso à vegetação. Ou você pode pensar que ele está assumindo uma atitude ameaçadora.

Talvez Lynam tenha se inspirado em Rom #42, na história "Lead me not into temptation (não me deixe cair em tentação)".

Quadro de Rom #42, página 8, arte de Sal Buscema
 

Lynam resgata alguns fatos presentes ao longo da série Rom Spaceknight:

  • Gálador é retratado como um planeta onde a tecnologia convive em harmonia com a natureza;
  • Rom sofre por estar enclausurado na armadura, sem poder sentir e perceber como quando era humano;
  • O aspecto cibernético de Rom o faz destoar de qualquer paisagem da Terra. O fato dele ser um estranho, um forasteiro, é acentuado ao máximo pela sua aparência divergir dos terráqueos.
Lynam também simplificou Rom, colocando-nos a questão de como as crianças na série o veriam: um ser prateado, grande, com olhos vermelhos brilhantes. Algo que esquecemos quando crescemos é que quando somos crianças nossa capacidade de abstração é muito maior.

Esta é a história de Rom: um homem persistente no cumprimento de seu dever, mas atormentado pela incerteza de voltar a ter uma vida normal.

Palmas para Ian Lynam!

Ian Lynam

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Rom, o Cavaleiro do Espaço, por David Cousens


A imagem abaixo é de autoria de David Cousens. Ele e sua esposa Sarah são excelentes artistas digitais e vivem na região Sul-Oeste da Inglaterra (uma subdivisão política do país), de onde mantém o blog Cool Surface.



Em uma entrevista ao site Artfuls, David disse que quanto era jovem queria ser 4 coisas: um pilot de X-Wing (Star Wars), um artista, um lutador de luta-livre e um Transformer. Embora tenha se tornado um artista, David parece não ter perdido o desejo de ser Transformer, pois retratou Rom como se fosse um. No entanto, um Transformer é uma forma de vida cibernética inteligente enquanto Rom é um ciborgue. Mas o que chama a atenção nessa interpretação de David para o maior de todos os Cavaleiros do Espaço é que Rom e Optimus Prime, o eterno líder dos Autobots, tem muito em comum. Eles são líderes, são corajosos, nobres e altruístas.

Optimus Prime
Além disso, os dois personagens tiveram origem em brinquedos. A figura de ação Rom fracassou comercialmente, enquanto os Transformers tornaram-se um sucesso. Uma parte da diferença dos resultados está no projeto do produto. Observe no site A World Through Lenses como a figura de ação de Optimus Prime é muito mais legal do que a de Rom, vista no site Toys You Had.

No entanto, Rom teve uma série em quadrinhos de longa duração e suas histórias afetaram significativamente o Universo Marvel. O problema é que os direitos sobre Rom são da Hasbro, que não cede à Marvel e também não faz nada com eles. Poderiam se unir numa produção que mostrasse os Cavaleiros do Espaço na épica defesa do planeta Gálador. Enquanto ficamos vendo continuações sem rumo, remakes de remakes e mais do mesmo, poderíamos ter algo diferente. Ver o implacável Terminator e a controversa Starshine lutando ao lado das centenas de guerreiros ciborgues contra a incontável frota dos Espectros.

Na verdade, eu enviei uma proposta para um filme de Rom, junto com uma defesa do retorno do personagem, à Hasbro, Marvel e Disney. As três responderam pelos seus departamentos jurídicos que agradeciam, mas não trabalhavam com "ideias não solicitadas". A Disney foi a mais legal, pois mandou uma carta com a carinha do Mickey, um cumprimento em espanhol (tudo a ver, já que moro no Brasil) e uma explicação que não pagar por ideias nos Estados Unidos não é uma coisa boa, é uma oportunidade de processar alguém.

Terminator, Starshine e Rom
Mas, já que tantas coisas improváveis já ocorreram no cinema, por que não sonhar com essa improbabilidade?

Palmas para David Cousens!

David e Sarah Cousens